Categoria: Poemas e Crônicas
Ministério da Cultura, Prefeitura do Município de São Paulo, Instituto Tomie Ohtake apresentam ZAP! ZONA AUTÔNOMA DA PALAVRA, uma batalha de poesias e música, promovida pelo NÚCLEO BARTOLOMEU DE DEPOIMENTOS, um evento do Projeto Temporais Artes em Performance, com audiodescrição e interpretação em Libras. Data: 26 de agosto (sábado). Horário: 18:00 horas. Local: Instituto Tomie Ohtake – no hall. Endereço: Av. Faria Lima, 201. Entrada pela Rua Coropés, 88. (próximo ao metrô Faria Lima). Classificação: livre. Gratuito. Pessoas com deficiência … Continue lendo
ACESSIBILIDADE CULTURAL FAZ BEM E PERIGO NÃO TEM Lívia Maria Villela de Mello Motta Acessibilidade cultural faz bem e perigo não tem. Pode ir o senhor e a senhora E levar filho, mãe e sogra Prá assistir peça, filme e ópera. Mas só quando houver recurso de sobra Prá quem não pode as cenas enxergar, nem as palavras ouvir. Até quem demora um pouco mais Prá sentido fazer Poderá os fones emprestar E o entendimento ampliar. Acessibilidade cultural, Você não … Continue lendo
Quem audiodescreve filmes, documentários e exposições em museus, quem descreve imagens estáticas para livros didáticos e paradidáticos, certamente, já audiodescreveu ou descreveu as formas, as famosas curvas de Oscar Niemeyer em suas impressionantes construções, esculturas e desenhos, verdadeiras obras de arte. Sem dúvida, o maior arquiteto brasileiro! No tempo que passou internado, lúcido o tempo todo, como comentaram os médicos, ele falava de projetos e de vida, nunca de morte. Partiu, mas permanece seu enorme legado. Só no final de semana … Continue lendo
O poema Fotos, escrito há bastante tempo atrás, para ser lido em um encontro do Grupo Terra, faz uma reflexão sobre fotografia e deficiência visual. Pessoas com deficiência visual apreciam fotos, tiram fotos, posam para fotos, fazem álbuns, publicam suas fotos no Facebook e em outras redes sociais. A falta do sentido da visão não as impede de apreciar a arte ou mesmo de serem fotógrafas. Fotografias permitem reviver momentos, lembrar de pessoas que estão ausentes, trazer figuras e acontecimentos passados de volta para … Continue lendo
Dia de domingo no Terminal Rodoviário Tietê. Amanhece em São Paulo. O sol avermelhado desperta ainda sonolento. Caminho rapidamente pelos corredores já movimentados com o vai e vem de passageiros. Alguns carregadores com seus jalecos amarelo ouro passam apressados com seus carrinhos abarrotados de malas, caixas e pacotes. Na plataforma, o ônibus que vai para Minas está estacionado. Acostumada a chegar e partir sozinha, chama a minha atenção um homem alto acenando e gesticulando para a mulher já dentro do ônibus. … Continue lendo
Mariana mãe nina a menina, A menina Raquel. Mariana menina cresceu, Virou moça, mulher… Mariana é mãe! Mariana mãe nina a menina, Embala em seus braços A menina Raquel… Balança, enfeita, alimenta, Tão delicada a menina Raquel, Cabelinho preto arrepiado, Pele rosada e olhos puxados. Mariana mãe se vê menina na sua pequenina Raquel… Sorri emocionada E uma lágrima teimosa molha a menina Raquel. Mariana mãe nina a menina, A menina Raquel. É mãe a menina Mariana! De … Continue lendo
Sempre ouvimos falar que há paisagens, cenas do cotidiano, coisas da vida, que de tão bonitas são indescritíveis. Isso, porém, não se aplica a nós, audiodescritores. O que nossos olhos veem, o que encanta nosso coração, desperta e aguça nosso senso estético, pode sim ser transformado em palavras. Vemos com palavras, para que também as pessoas com deficiência visual tenham acesso a tamanha boniteza. Ao passar o Carnaval em Itajubá, minha cidade natal no sul de Minas Gerais, fui ver … Continue lendo