Para ter acesso à descrição das imagens passe o cursor sobre elas.


Definições

"A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que amplia o entendimento das pessoas com deficiência visual em eventos culturais, gravados ou ao vivo, como: peças de teatro, programas de TV, exposições, mostras, musicais, óperas, desfiles e espetáculos de dança; eventos turísticos, esportivos, pedagógicos e científicos tais como aulas, seminários, congressos, palestras, feiras e outros, por meio de informação sonora."


(Lívia Motta)


"A audiodescrição é uma atividade de mediação linguística, uma modalidade de tradução intersemiótica, que transforma o visual em verbal, abrindo possibilidades maiores de acesso à cultura e à informação, contribuindo para a inclusão cultural, social e escolar. Além das pessoas com deficiência visual, a audiodescrição amplia também o entendimento de pessoas com deficiência intelectual, idosos e disléxicos."


(Lívia Motta)


"A audiodescrição é um recurso de tecnologia assistiva que permite a inclusão de pessoas com deficiência visual junto ao público de produtos audiovisuais. O recurso consiste na tradução de imagens em palavras. É, portanto, também definido como um modo de tradução audiovisual intersemiótico, onde o signo visual é transposto para o signo verbal. Essa transposição caracteriza-se pela descrição objetiva de imagens que, paralelamente e em conjunto com as falas originais, permite a compreensão integral da narrativa audiovisual. Como o próprio nome diz, um conteúdo audiovisual é formado pelo som e pela imagem, que se completam. A audiodescrição vem então preencher uma lacuna para o público deficiente visual."


(Eliana Franco – UFBA)


"Considero a audiodescrição como uma forma de leitura reveladora que evoca em seu público uma multiplicidade de sensações e sentimentos capaz de gerar uma revolução sensitiva muito necessária para a formação do gosto cinematográfico. Certamente não é somente o audiodescritor e seu modo de traduzir as imagens que influenciarão a PcDV, mas a própria linguagem da AD que, por si só, revoluciona os sentidos."


(Bell Machado- Ponto de Cultura)


"O recurso consiste na descrição clara e objetiva de todas as informações que compreendemos visualmente e que não estão contidas nos diálogos, como, por exemplo, expressões faciais e corporais que comuniquem algo, informações sobre o ambiente, figurinos, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além da leitura de créditos, títulos e qualquer informação escrita na tela. A audiodescrição permite que o usuário receba a informação contida na imagem ao mesmo tempo em que esta aparece, possibilitando que a pessoa desfrute integralmente da obra, seguindo a trama e captando a subjetividade da narrativa, da mesma forma que alguém que enxerga. As descrições acontecem nos espaços entre os diálogos e nas pausas entre as informações sonoras do filme ou espetáculo, nunca se sobrepondo ao conteúdo sonoro relevante, de forma que a informação audiodescrita se harmoniza com os sons do filme."


(Graciela Pozzobon e Lara Pozzobon – www.audiodescricao.com.br)


"A audiodescrição não tem o direito de explicar o que não está claro no filme. O usuário de AD deve entender o filme e ao mesmo tempo ficar com as mesmas dúvidas que os videntes ficaram, considerando a dubiedade e a multiplicidade de sentidos presentes nas obras de arte."


(Lara Pozzobon – Festival Assim Vivemos)


"A Audiodescrição é um modo de tradução audiovisual intersemiótica (do visual para o verbal), que consiste na técnica de narração realizada por um audiodescritor, que descreve com o máximo de detalhes e sem julgamentos, tudo que acontece nas cenas de uma obra audiovisual, de acordo com os espaços oferecidos entre os diálogos dos personagens, respeitando o roteiro original, as intenções de pausas, ruídos sonoros e trilhas. Um recurso de acesso e autonomia para pessoas com deficiência visual e outros públicos."


(Maurício Santana – Iguale)


"A audiodescrição é uma tecnologia assistiva que busca suprir a lacuna deixada pela comunicação visual, para aqueles que dela não conseguem tirar proveito. No atual estado da arte dos meios de comunicação, não há dúvidas de que a ausência da audiodescrição cria uma situação de desconforto. Inúmeros são os momentos em que sentimos falta de um detalhamento do que está acontecendo. Seja na televisão, teatro, cinema ou mesmo nas descrições de gráficos e figuras de um livro, ou imagens de uma página da internet, ela é fundamental para a participação efetiva das pessoas com deficiência na interação com a sociedade."


(Laércio Santana – Prodam)


"A AD é uma modalidade de tradução audiovisual definida como a técnica utilizada para tornar o teatro, o cinema e a TV acessíveis para pessoas com deficiência visual. Trata-se de uma narração adicional que descreve a ação, a linguagem corporal, as expressões faciais, os cenários e os figurinos. A tradução é colocada entre os diálogos e não interfere nos efeitos musicais e sonoros."


(Vera Santiago - UFCE)


"De modo a responder ao direito de acesso à comunicação e à informação, portanto, surge uma técnica, e um profissional que a emprega: a áudio-descrição e o áudio-descritor, bem como são desenvolvidas tecnologias para a aplicação dessa técnica. Todavia, a áudio-descrição não é uma descrição qualquer, despretensiosa, sem regras, aleatória. Trata-se de uma descrição regrada, adequada a construir entendimento, onde antes não existia, ou era impreciso; uma descrição plena de sentidos e que mantém os atributos de ambos os elementos, do áudio e da descrição, com qualidade e independência. É assim que a áudio-descrição deve ser: a ponte entre a imagem não vista e a imagem construída na mente de quem ouve a descrição. Logo, a união dos sentidos se dá por uma ponte em cujas extremidades estão a imagem e a descrição. Essa ponte, o áudio-descritor, vem conduzir a imagem que sem a descrição será inacessível às pessoas com deficiência visual, mas que, com a áudio-descrição, tomará sentido."


(Francisco Lima - UFPE)


"É importante ter consciência de que a audiodescrição não é um serviço meramente técnico. Assim como a arte, ela exige um envolvimento intenso com o projeto. É preciso sensibilidade para encontrar o vocabulário adequado e o tom de voz ideal para que a audiodescrição seja totalmente integrada ao filme. Um filme do Rambo não pede o mesmo vocabulário que um filme de Woody Allen. Um romance não pede o mesmo tom de um filme de terror ou de uma comédia."


(Letícia Schwartz – Mil Palavras)


"A audiodescrição é um exercício de respeito, de ética e só é mesmo de qualidade quando compartilhada. É um treino pessoal, que exige estudo e dedicação no que diz respeito às inferências e interpretações. É um movimento intenso de busca, de alternativas “em palavras” que garantam o entendimento sem super ou subestimar a capacidade de entendimento e história de vida do outro. Manter-se dentro do que o autor propõe, dentro de sua linguagem e dos fatos é um grande desafio, complexo e fascinante."


(Rosângela Barqueiro - Laramara)


"A audiodescrição veio para proporcionar um verdadeiro conforto, para mim e para quem estiver me acompanhando. Eu ouço, eu vejo, eu sinto as mesmas emoções que os outros e no mesmo tempo dos outros. E, ao final do evento, posso discutir e comentar com as mesmas informações que os outros tiveram."


(Antonio Carlos Barqueiro - Laramara)


"Audio Description makes theatre, movies and TV programmes accessible to blind and visually impaired people: It provides a narration of what is seen and describes the action, body language, facial expressions, scenery and costumes of the players. The description must fit in between the dialogues and must not interfere with important sound and music effects. On the one hand, therefore, Audio Description is to provide as much information as possible and on the other hand it needs to be brief and precise when transferring the visual dimension of a film or a play into sound. These are the critical questions: What has to be described? When do you describe? And how do you describe?"


(Bernd Benecke - Munich/Saarbrücken)


"In a society which relies increasingly on audiovisual content as a source of information, entertainment and education, visually impaired people are at risk of being excluded from socially and culturally important discourses. Audiodescription (AD), a growing arts and media access service for blind and partially sighted people, tries to reduce this risk. On the one hand, museums and art galleries offer verbal descriptions of paintings, sculptures and other visual objects, often in combination with 'touch tours', to give blind and partially sighted people access to 'static' visual art (de Coster & Mühleis 2007). On the other hand, AD for live and filmed programmes and performances – including e.g. films, TV programmes, theatre, opera or dance performances – aims to 'translate' the essential visual elements of these performances into short verbal descriptions which are inserted into appropriate moments of the audiovisual source material, e.g. gaps in film or theatre dialogue. Non-verbal sounds which make no sense without access to visual information are also included in the descriptions (OfCom 2000)."


(Sabine Braun - University of Surrey)


"AD is a verbal description of the important visual events, actions, sets, costumes, facial expressions, etc. that occur within a piece of content (National Assembly of State Arts Agencies, 2003). This description is inserted as a complementary audio track placed in between the dialogue elements of the content (Media Access Australia, 2008). Audience members will often use a wireless headset to receive the AD that is broadcasted in the theatre. For a live event, the describer broadcasts in real-time. In post-production film and television, AD is available through a specialized wireless system in the cinemas or through the secondary audio programming channel on the television."


(J.P. Udo and Deborah Fels - Ryerson University)


"People who are vision impaired need not be culturally disadvantaged. Audio Description (AD) provides a verbal version of the visual image. It's a narration of all the visual elements-action, costumes, settings, images-of theater, television/film, museum exhibitions, and other events. Visually impaired patrons experience all the visually engaging elements of cultural events, the rich variety of colors, lighting effects, levels, gestures, and facial expressions that others often take for granted; critical bits of information that a person who has low vision formerly could only experience through the whispered asides from a sighted companion."


(Joel Snyder – Audio Description Associates)


"Audiodescripción es la capacidad de compensar la falta de percepción de imágenes por las descripciones o efectos sonoros complementarios necesarios para poder comprender y disfrutar de una evento artístico, social o cultural. "


(Angel García Crespo - Universidad Carlos III de Madrid)






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